segunda-feira, 27 de julho de 2009

Gente esquisita - Fernando Drummond

Difícil crer que seja possível preferir o desconforto de uma motocicleta, onde se fica instavelmente instalado sobre um banquinho minúsculo, tendo que fazer peripécias para manter o equilíbrio e torcendo para que não haja areia na estrada.

Como podem achar bom transportar o passageiro, dito garupa, sem nenhum conforto ou segurança, forçando o coitado a agarrar-se à pança do motociclista, sujeitando ambos a toda sorte de desconfortos, como chuva, ou mesmo aquela "ducha" de água suja jogada pelo carro que passa sobre a poça ao lado, ou de ficarem inalando aquele malcheiroso escapamento dos caminhões em uma avenida movimentada como a marginal Tietê, por exemplo, sem falar da necessidade de se utilizar capas, casacos e capacetes, mesmo naqueles dias de calor intenso. Isso tudo enquanto convivemos numa época em que os automóveis nos oferecem toda sorte de confortos e itens de segurança. Ar-condicionado, que permite que você chegue ao trabalho sem estar fedendo e suado; "air bags", barras laterais, cintos de três pontos, etc., que conferem ao passageiro uma segurança mais do que necessária; som ambiente; possibilidade de conversar com os passageiros (OS passageiros...) sem ter que gritar e assim por diante. Intrigante personagem, esse tal de motociclista.

Apesar de tudo o que disse acima, vejo sempre em seus rostos um estranho e particular sorriso, que não me lembro de haver esboçado quando em meu carro, mesmo gozando de todas as facilidades de que ele dispõe. Passei, então, a prestar um pouco mais de atenção e percebi que, durante minhas viagens, motociclistas, independente de que máquinas possuíssem, cumprimentavam-se uns aos outros, apesar de aparentemente jamais terem se visto antes daquele fugaz momento, quando se cruzaram em uma dessas estradas da vida.

Esquisito...
Prestei mais atenção e descobri que eles frequentemente se uniam e reuniam, como se fossem amigos de longa data, daqueles que temos tão poucos e de quem gostamos tanto. Senti a solidariedade que os une. Vi também que, por baixo de muitas daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, botas, correntes e caveiras, havia pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, juízes, advogados, militares, etc. que, naquele momento, em nada faziam lembrar os sisudos, formais e irrepreensíveis profissionais que eram no seu dia a dia. Descobri até alguns colegas, a quem jamais imaginei ver paramentados tão estranhamente.

Muito esquisito...
Ao conversar com alguns deles, ouvi dos indizíveis prazeres de se "ganhar a estrada" sobre duas rodas; sobre a sensação deliciosa de se fazer novos amigos por onde se passa; da alegria da redescoberta do prazer da aventura, independente da idade; e da possibilidade de se ser livre e alegre, rompendo barreiras que existem apenas e tão somente em nossas mentes tão acostumadas à mediocridade.

Vi, ouvi e meditei sobre o assunto. Mudei a minha vida...
Maravilhoso personagem, esse tal de motociclista. Muitas motos eu tive, mas jamais fui um verdadeiro motociclista, erro que, em tempo, trato agora de desfazer. Mais que uma nova moto, a moto dos meus sonhos. Mais que apenas uma moto, o rompimento dos grilhões que a mim impunham o medo e o preconceito e que por tanto tempo me impediram de desfrutar de tantas aventuras e amizades. Quem sabe o tempo que perdi e as experiências que deixei de vivenciar. Se antes olhava-os com estranheza, mesmo sendo proprietário de uma moto (mas não um motociclista), vejos agora com profunda admiração e, quando não estou junto, com uma deliciosa pontinha de inveja. O interessante, é que conheço pessoas que jamais possuíram moto, mas que estão em perfeita sintonia com o ideal motociclista. Algumas chegam até mesmo a participar de encontros e listas de discussão, não que isto seja imprescindível ou importante. O que importa é a filosofia envolvida.

Hoje, minha garupa e eu, montados em nossos sonhos, planejamos, ainda timidamente, lances cada vez maiores, sempre dispostos a encontrar novos velhos amigos, que certamente nos acolherão de braços abertos. Talvez, com um pouco de sorte, encontremos algum motorista que, em seu automóvel, note e ache estranho aquele personagem que, passando em uma motocicleta, com o vento no rosto, ainda que sob chuva ou frio, mostre-se alheio a tudo e feliz, exibindo um largo e incompreensível sorriso estampado no rosto.

Quem sabe ganharemos, então, mais um irmão motociclista para o nosso grupo.

Fernando Drummond

Dez características que se encontra no pessoal considerado motociclista




































































Dia do Motociclista 27 de Julho


Hoje dia 27 de Julho comemoramos o DIA DO MOTOCICLISTA e segue aqui a homenagem do Moto Gustavo Blog a todos os motociclistas do Brasil e do mundo no qual desfrutam dessa magnifica maquina de liberdade.
Motociclismo não é apenas andar de moto e sim muito mais do que se pensa, motociclismo e companheirismo, amizade, liberdade!
Parabens a todos os motociclistas!
Att,
Gustavo Pellosi - Moto Gustavo Blog

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Profecias Urbanas - dicas para uma pilotagem segura

Manter os sentidos alerta e se familiarizar com o ambiente onde roda são dicas importantes para evitar e muitas vezes prever acidentes .

Não vamos falar de bruxas, pais-de-santo, cartomantes ou ciganos... Mas veja só essa situação: uma senhora está parada na frente do shopping com as mãos repletas de sacolas. Ela pode tê prejudicar! Como assim? Não fiz nada para ela! É, mas o piloto atento sabe que ela pode fazer sinal para um táxi que poderá fechar sua moto sem dó nem piedade. Essa é uma típica situação onde não precisa ser vivente para prever o perigo. Mas nem todos os motociclistas têm essa noção. Afinal tem muita gente sem experiência entrando no mundo das duas rodas. Isso por conta do aumento do número de motos no já complicado trânsito brasileiro, o que reflete um dado importante: a cada dia, mais e mais motociclistas estão nas ruas atrás de mobilidade. E o aumento de vendas de motos sugere um dado ainda mais importante, ou seja, pedestres e motoristas, que antes andavam de ônibus ou de automóvel, estão atrás do guidão.

A motocicleta é um veículo singular. Até mesmo a nomenclatura é diferente. Quem conduz uma moto não é motorista ou condutor. É piloto! E segundo alguns dicionários de língua portuguesa, motorista é aquele que conduz veículos automotores, chofer. E piloto é aquele que conduz ou administra veículos especiais, como barco, avião etc. Então, entende-se que pilotar é diferente de conduzir. E, tenha certeza, a motocicleta exige uma pilotagem, e não uma simples condução.


Na arte de pilotar, a segurança é fundamental. E a base da segurança se divide em duas plataformas: a segurança ativa e a passiva. A ativa é tudo aquilo relacionado a evitar o acidente em si. A passiva, por outro lado, é relativa a tudo que será exigido depois. Exemplificando, seu modo de dirigir, ops, pilotar, é segurança ativa e seu capacete é parte da segurança passiva. Os automóveis, por suas características, têm um patamar de segurança passiva muito maior, que vão desde o cinto de segurança, passando pela deformação da carroceria, até air bags. Para nós, restam apenas o capacete, luvas, vestimentas... Portanto, é muito melhor não cair, não bater, não se expor ao risco.

Pilotar é planejar
"Ah, mas os acidentes podem nos pegar de surpresa...". Nem sempre. Segundo nosso colaborador Normando Rolim, especialista e usuário de motocicleta, "pilotar defensivamente é planejar e prever todas as ações ao guidão". Responda, com sinceridade: quantas vezes você passou por apuros por causa de uma manobra que poderia ser adiada alguns segundos?

Uma ultrapassagem mal estudada, uma curva mais rápida do que devia ou um toque no espelho do carro ao lado são sinais de abuso ou distração que poderiam, tranqüilamente serem evitados. Observe que a segurança é fruto de um trabalho conjunto, que envolve desde o ambiente, você - piloto - até a motocicleta em si.
Em resumo, são variáveis que podem (e devem, como veremos a seguir) serem controladas. Ou simplesmente antecipadas: se não podemos arrumar as estradas, vale pelo menos andar em velocidade compatível com o pavimento e a sinalização. Portanto, a primeira e importante regra em relação ao ambiente: pilote consciente, antecipando os possíveis buracos, cachorros, insetos na viseira, bolas, crianças e por aí vai. Por mais conhecida que seja a estrada, um caminhão jogando diesel segundos atrás pode lhe causar uma surpresa desagradável na próxima curva. E, depois, não vale dizer: "Ah, mas os acidentes podem nos pegar de surpresa...". Surpresa é quando não prevemos algo. Portanto, antecipe-se.













Todos os sentidos
Acredite, pilotar motocicleta é uma arte. Todos os sentidos e reflexos devem ser usados. O tempo todo, todo o tempo. Acabo de escutar uma história vivenciada pelo nosso web-master-piloto de plantão, Francis Vieira, que acabou de se safar de um tombo idiota (ou coisa pior). "Meu, senti o cheiro de diesel e arranquei a mão na hora". Traduzindo, Francis usou seu olfato e se antecipou ao óleo derramado por um caminhão qualquer. Dito e feito, o asfalto estava lá, coberto pela fina e traiçoeira camada de diesel, esperando os desatentos.












Nosso nariz pode prever as intenções das mulheres cheirosas e também da "surpresa" de um diesel espalhado na próxima curva. Cheiro de chuva, de diesel, de queimada (que pode prejudicar a visão) é cheiro de encrenca. Preste atenção ao sinal do nariz e controle o ímpeto no punho da direita. Situações de risco não faltam, mas podem ser antecipadas.

Bolas, skates, escolas... hum, também requerem atenção e cuidado. Nossa acuidade visual é imprescindível para uma pilotagem segura. Óbvio que devemos fixar nossa visão à frente, mas não somente ao trânsito e aos semáforos. Crianças (e alguns adultos pensando na morte da bezerra




OS 10 MANDAMENTOS DA PILOTAGEM SEGURA
1) Conhecer as leis de Trânsito e obedecer a sinalização;
2) Usar sempre o capacete e os equipamentos de segurança;
3) Conhecer o veículo que está pilotando e saber comandá-lo com destreza;
4) Manter o veículo sempre em boas condições de funcionamento;
5) Prever a possibilidade de acidentes e ser capaz de evitá-los;
6) Se concentrar na pilotagem; não resolva seus problemas em cima da moto;
7) Não aceitar desafios e provocações;
8) Não conduzir cansado, sob o efeito de álcool e drogas;
9) Veja e seja visto;
10) Não abusar da autoconfiança.






Com a palavra, o motoboy
Os motoboys têm uma vivência diária com os riscos do trânsito. Um deles é Antonio Carlos Camacho, que passa algumas dicas: "Sempre olho dentro do carro o que o motorista pretende fazer. Um movimento de ombro ou de cabeça pode indicar a intenção de mudar de faixa. Com caminhões e ônibus não bobeio. Buzino até que ele me veja pelo espelho, aí sim continuo. Caso contrário, paro atrás e só passo quando tiver espaço". Prudência, velocidade comedida e antecipação são boas maneiras de pilotar seguro. Mas como já dissemos, nada disso adianta se você não estiver bem equipado, com os espelhos regulados e, acima de tudo, atento ao trânsito e a tudo que acontece ao redor dele. Ah, claro, cuidados com a motoca também são fundamentais, principalmente em relação aos freios, pneus e transmissão. Só assim, poderemos reverter o terrível quadro de acidentes que assola o Brasil e, de quebra, curtir nossa motocicleta por muitos e muitos anos.

Fonte: Revista Duas Rodas

quinta-feira, 23 de julho de 2009

50 Dicas para Motociclistas

1. Pense que ninguém te vê: Porque para a maioria dos motoristas, você é invisível, mesmo!Nunca faça um movimento imaginando que o outro motorista está vendo você, mesmo que você tenha acabado de ver seus olhos. Motos muitas vezes não fazem parte das cabeças de quatro rodas.

2. Seja paciente: As conseqüências de encarar um erro ou uma disputa no trânsito começam mal e sempre acabam PIOR. Finja que foi a sua mãe que fez aquela barbeiragem e perdoe a falha.

3. Ponha roupas para encarar um acidente, não uma piscina ou uma festinha de verão: Com certeza, a padaria do bairro é uma viagem de 5 minutos, mas ninguém está planejando comer asfalto, está? As roupas modernas de tecidos ventilados significam que 40 graus à sombra não são desculpa para camisetinhas e shortinhos de surfista (aliás, você sabe pegar onda, por acaso?)

4. Espere o melhor, mas esteja preparado para o pior: Esteja pronto para uma fechada, para uma surpresa que nunca deve ser inesperada. Não existe “apareceu de repente”, “veio do nada” ou “eu achei que ele ia… “.

5. Deixe seu ego em casa: As únicas pessoas realmente interessadas em saber se você estava mais rápido que o outro na avenida são o policial e o Detran.

6. Preste atenção no que está fazendo: É verdade, tem uma gatíssima de shortinho curtinho do outro lado da rua. Enquanto isso, tem um ônibus na sua frente parando de repente para um tiozinho que fez sinal em cima da hora. Se ligue!

7. Espelhos mostram só uma parte do ambiente: Nunca mude de direção ou de faixa sem olhar para trás para confirmar que você realmente pode virar ou mudar de faixa.

8. Seja paciente: Espere mais um ou dois segundos antes de entrar na pista, começar a andar ou sair para ultrapassar. Você é pego pelo que NÃO VIU! Aquela olhadinha a mais vai salvar sua pele.

9. Preste atenção na diferença de velocidade: Passar por carros ao dobro de sua velocidade ou mudar de pista para passar por um monte de carros parados é somente um jeito mais rápido de conhecer São Pedro (e se você tiver acumulado méritos para conhecê-lo!).

10. Cuidado com a calçada: Um monte de surpresas acaba chegando das calçadas: sacos com objetos dentro, pregos, antenas de TV, tijolos, escadas, sofás velhos, escolha o que quiser!Procure problemas nos cantos e não ande junto à calçada, você está no tráfego.

11. Carros entrando à esquerda ainda são os maiores assassinos de motociclistas: Não ache que o motorista vai esperar passarem todos os motociclistas antes de se enfiar à esquerda, não. Eles também estão tentando ser rápidos!

12. Cuidado com carros passando no vermelho: Os primeiros segundos após o sinal mudar são os mais perigosos. Olhe SEMPRE para os dois lados antes de cruzar o semáforo depois de aberto.

13. Olhe os retrovisores: Olhe os espelhos retrovisores sempre que mudar de faixa, diminuir a velocidade ou parar. Esteja pronto para se mover se o outro veículo for ocupar o espaço onde você está.

14. Deixe espaço na frente: No Brasil se anda sempre MUITO colado. A regra geral que se usa pelo mundo é de 3 segundos de distância do veículo da frente.. Melhor ainda se você observar tudo que aparecer na sua frente para os próximos 12 segundos (no horizonte). Todos os seus problemas estão aí dentro desses espaços.

15. Cuidado com os carros equipados: Eles são rápidos e seus motoristas são agressivos. Não imagine que você passou por ele e que está tudo resolvido, ele está logo aí atrás. Você pode acabar como um novo enfeite na grade frontal do carrão dele.

16. Entrar em curvas em alta velocidade machuca: É a maior causa de acidentes com motociclistas sozinhos e em estradas sinuosas e pistas de corrida. “Entre devagar, saia rápido” é há muitos anos a regra dos campeões das pistas.

17. Não acredite na eficiência da polícia florestal: Se na área onde você está podem aparecer animais, não vá pensar que a polícia rodoviária ou florestal vai conseguir tirar cada um deles da sua frente. Vá devagar, olhe para as margens da Estrada e fique vivo.

18. Já está muito tarde para você começar a usar os dois freios: O dianteiro faz a maior parte da parada, mas um pouco de traseiro na entrada das curvas pode acalmar uma moto nervosa.

19. Mantenha SEMPRE alguns dedos sobre o freio dianteiro: Economize um segundo no tempo de reação a 85 km/h e você pode parar 30 metros antes (e talvez até conseguir escapar do impacto). Pense nisso!

20. Olhe para sua trajetória: Use o milagre da fixação de objetivo em seu próprio benefício. As pesquisas mostram que a moto vai para onde você olha, então olhe para a solução no lugar de olhar para o problema.

21. Mantenha seus olhos em movimento: O tráfego está sempre mudando. Portanto, continue sempre procurando por problemas. Não trave seus olhos em um só ponto por muito tempo, a menos que você esteja realmente em problemas sérios.

22. Pense antes de agir: Avalie com cuidado a situação quando pensar em ultrapassar rapidinho aquele táxi está a 15 km/h numa área com limite de 60 km/h, ou você pode acabar com sua cabeça dentro do carro que virou à esquerda “DO NADA”.

23. Não olhe para o chão – levante sua cabeça: É sempre tarde para fazer qualquer coisa quando o problema está a 10 metros. Olhe lá longe e mude a direção.

24. Preste atenção em seu caminho: A maioria dos acidentes acontecem durante os primeiros 15 minutos de seu trajeto, abaixo de 60 km/h, em um cruzamento ou via secundária. É, exatamente, ali por onde você passa toda hora.

25. Pare totalmente em cada placa de “PARE”: Isso, ponha seu pé no chão. Olhe de novo. Qualquer outra maneira de fazer isso pode forçar uma decisão imediata, sob pressão e sem tempo para identificar uma situação de risco.

26. Nunca entre às cegas num corredor de trânsito parado: Os carros devem estar parados por alguma boa razão, e você pode não vê- la até que seja tarde demais para fazer alguma coisa. Não ande a mais de 30 km/h acima da velocidade dos outros veículos. Se estiver a 40 km/h, você vai ver que cair no meio do trânsito não é assim tão confortável.

27. Não abrace um urso! Se você pesa 50 quilos, por favor não tente rodar por aí em uma estradeira-monstro de 400 kilos! Se você tem só um metro e meio de altura, tem certeza que precisa uma altíssima big trail? Pega leve!

28. Procure pelas portas de carros que se abrem no tráfego: Acertar um carro que desvia de uma porta aberta é exatamente tão dolorido quanto o primeiro caso.

29. Não entre num vício de cruzamentos iguais: Procure placas de “PARE” mesmo depois de uma longa série de esquinas em preferência para você. Se você está imaginando que o tráfego vai parar pra você, vai acabar encarando uma surpresa no mínimo bem dolorida.

30. Tenha espaço para se movimentar quando trafegar: Pilotar dentro de um amontoado grupo de motos é um bom jeito de acabar no meio do mato. Qualquer grupo de motos que valha a pena acompanhar terá um ponto de encontro marcado à frente para reencontrar os “desgarrados”.

31. De tempo para seus olhos se acostumarem: Vá devagar e com farol baixo até que seus olhos se acostumem com a escuridão ao sair de lugares muito iluminados. Fechar um dos olhos até chegar ao local escuro também ajuda, senão você estará dirigindo às cegas por uns 2 quilômetros!

32. Domine a meia-volta: Pratique este retorno apertado até ficar bom. Ponha suas nádegas na beirada do banco no lado contrário à curva e deite a moto para dentro da curva, usando seu corpo como contrapeso enquanto gira em cima da roda traseira. É uma excelente manobra para não bater no carro da frente ou para escapar daquele bueiro sem tampa.

33. Quem colocou uma placa “PARE” no meio dessa subida? Não entre em pânico. Use o freio traseiro para manter a moto no lugar enquanto usa o acelerador e embreagem com atenção para sair sem problemas.

34. Se parece escorregadio, então é mesmo! Um trecho de chão suspeito pode ser só mais uma mancha. Manteiga? Cascalho? Óleo? Pode não ser nada, mas é melhor diminuir ANTES de pisar num sabãozão. Se não era nada, melhor.

35. BUM!!! Estouro de pneu! E agora? Sem movimentos bruscos. A moto não estará feliz embaixo de você, então se prepare para usar um pouco de músculos para manter a trajetória. Alivie o acelerador e use o freio bem leve com a roda boa (traseira ou dianteira) e vá procurando a melhor direção para sair da pista. Agora, pode voltar a respirar.

36. Pingos na viseira? Começou a chover. O asfalto apenas umedecido é muito mais escorregadio que depois de uma forte chuva tropical, e você nunca sabe o quanto ele está liso. Use máxima concentração, cuidado e suavidade nos controles.

37. Emocionado? Já dizia o velho ditado: “Quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. As emoções são tão fortes quanto qualquer droga, então observe a você mesmo quando for sair. Se você está nervoso, triste, exausto ou ansioso, sente e conte até 100 mil.

38. Vista roupas adequadas: Ponha roupas que sirvam bem em você e ao clima. Se você está com muito frio ou com muito calor ou brigando com uma jaqueta onde cabem dois de você, você já está em problemas.

39. Deixe seu iPod em casa: Você não vai ouvir o caminhão de cimento a tempo se estiver ouvindo a banda Calipso. A única coisa que vai ficar atraente são seus fones de ouvido como brinde para o pessoal da SALA DE CIRURGIA.

40. Aprenda a fazer desvios de emergência: Esteja pronto para fazer dois desvios de emergência em seguida. Desvie de um obstáculo pela esquerda e logo em seguida de volta à sua trajetória original à direita, e vice-versa. A moto vai seguir seus olhos, portanto olhe para o caminho e não para os obstáculos. Pratique isso até que seja um reflexo normal, sem pensar.

41. Seja suave em baixa velocidade: De nada adianta sua enorme agilidade se você estiver devagar. Tire as forças dos movimentos com um trabalho leve nos freios traseiros. Isso minimiza muito indesejáveis transferências de peso e inércia, e facilita alinhar e posicionar a moto exatamente onde e como desejamos.

42. Piscar luz de freio é uma boa: As setas dos outros veículos te chamam a atenção porque piscam? Pisadinhas leves no pedal ou toques rápidos na manete do freio dianteiro antes de realmente frear sua moto vai alertar o tráfego atrás.

43. Cruzamentos são perigosos, então garanta suas chances: Ponha outro veículo imaginário entre sua moto e o veículo à frente para evitar que outro veículo cruzando acerte você bem de lado. Diminua, assim, pela metade a chance de acidentes.

44. Ajuste sua visão periférica: Olhe para um ponto bem à sua frente. Agora procure ver as coisas ao seu lado movendo apenas sua atenção, sem mover os olhos. Quanto mais você conseguir ver sem virar os olhos ou a cabeça, mais cedo vai reagir aos problemas.

45. Sozinho num semáforo que não muda nunca? Se for um semáforo inteligente, você pode mudá-lo! Procure um fio sensor de presença antes da faixa de pedestre (um quadrado riscado em preto no chão) e posicione o motor da moto em cima dele (o sensor tem um campo magnético). Se o semáforo não mudar, baixe o descanso lateral bem sobre o fio, que as suas chances de mudá-lo para verde vão melhorar. Se não der, relaxe e espere, você já tentou de tudo…

46. É mais difícil ver à noite: Ajuste e limpe seus faróis e viseiras transparentes e tenha uma visão melhor do que uma simples idéia do que está ali na frente. Ao anoitecer, troque viseiras escuras pelas transparentes..

47. Não trafegue perto ou ao lado de caminhões: Se um daqueles 18 pneus monstruosos estourar — o que acontece com BASTANTE FREQÜÊNCIA – ele vai se transformar em vários projéteis de borracha e aço violentíssimos. A não ser que você goste de brigar com uma chuva de destroços, fique longe ou passe logo por ele.

48. Tire o pânico das paradas de emergência: Desenvolva uma intimidade muito grande com seu freio dianteiro. Procure um lugar deserto e seguro em asfalto liso e limpo. Faça centenas de frenagens começando bem suavemente e freando cada vez mais forte até descobrir aquela força na mão ideal entre a frenagem máxima e a roda travada (frenagem máxima = pneus CANTAM ligeiramente, mas a roda NÃO TRAVA). Repita isso com cuidado MUITAS vezes até ficar muito bom. Pronto.

49. Tenha pneus adequados: Nada do que você leu até aqui vai servir a não ser que você tenha os pneus adequados. Não os subestime. Tenha certeza que eles estão bem calibrados todo tempo. Procure cortes, pregos e outras porcarias que tenham se prendido a eles.. Procure sinais de ressecamento e desgaste. Troque logo que puder, os pneus são a essência da dirigibilidade. E não use pneus de marcas diferentes ou novo com usado na dianteira e na traseira, isso muda completamente a estabilidade da moto.

50. Respire fundo: Conte até 10. OU até 100. Desculpe e peça desculpas, dê passagem e vá devagar, apreciando o passeio. Deixar de andar a 130 km/h e demorar para chegar é muito melhor que arruinar sua vida e ir para uma cadeira de rodas ou um caixão.

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